30/10/11

O SERMÃO PROFÉTICO

A DESTRUIÇÃO  DO  TEMPLO
EVANGELHO SEGUNDO MATEUS CAPÍTULO VINTE E QUATRO


           
          Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
       No monte das Oliveiras, achava-se Jesus  assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhes pediram: 
Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane.
Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de  guerras e rumores de guerras: vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores.
Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.
Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. 
Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todos as nações. Então, virá o fim.
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras diz o Senhor dos Exércitos, não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céus, nem o filho, senão o Pai.
CONHEÇA A PALAVRA DE DEUS PARA NÃO SER E NEM FICAR ENGANADO.

24/10/11

LEMBRE DE JESUS CRISTO NESSE NATAL, ENSINA O TEU FILHO

            

                                  VEM  O NATAL
                     NASCIMENTO DE JESUS. Oh!!!    
         Mês de novembro, começam a enfeitar a cidade. Anúncios e mais anúncios, compras e mais compras, comes e bebes. As casas enfeitadas com coroas de espinhos, papai Noel, papai Noel e papai Noel, e as crianças não sabem nada de JESUS, só de papai noel. Papai noel se tornou o símbolo principal do natal. Vamos para o shopping, papai noel vai chegar, vem de  helicóptero. O estacionamento fica tão lotado que até as calçadas são usadas. E fica todos querendo tirar fotos com o papai noel, as crianças ficam encantadas. Eu não reprovo as crianças se divertirem, mesmo sendo enganadas, achando que o papai noel é de verdade, é ele que dá presentes. O meu neto, faz cartinhas e coloca na janela do seu quarto; e acorda tão cedo, para ver se o papai noel deixou o seu presente debaixo da cama.
      O mais sério é que as crianças crescem sem saber que o verdadeiro natal se comemora o nascimento de JESUS CRISTO,  o nosso salvador. Satanás, alegre e feliz diz não vão me dá trabalho, eu vou pintar e bordar com eles, na prostituição, no crime, nas drogas, no suicídio, no roubo, na mentira, no suborno, no furto, falcatrua, nas paixões infames. E no fim, pensa o inimigo que vai levar todos para o inferno.
      Mas, veja o que DEUS adverte na palavra ( bíblia ), Deuteronômio capítulo seis versículo cinco ao nove: Amarás,pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração; Fala para o teu filho de mim no deitar, no levantar, assentado e andando pelo caminho, e até escreve nos umbrais de tua casa; precisa de tudo isso? é demais!!, é não queridos, as coisas do mundo, a música, novela, filmes, aprendem na primeira olhada, mas, as coisas de Deus, as boas, nem gostam, quanto mais aprender. Deus já sabendo como é a humanidade carnal, ELE manda que seja assim, se não proceder assim, é certo que  o inimigo ( Satanás ) como ele está em nosso derredor, noite e dia, encontrará espaço para destruir a família.  E no livro de provérbios está recheado de orientações, livros de salmos setenta e oito. Leia a bíblia, você vai ver que a palavra de Deus ensina você criar seus filhos no bom e certo caminho; longe da criminalidade, e você terá alegria, paz e segurança. O que Deus quer é que façamos a nossa parte, ensinando a palavra de Deus.

CONHEÇA UM POUQUINHO DA HISTÓRIA DO IMPERADOR CONSTANTINO

            Tensões sociais na palestina  

Império Romano - Cristianismo

Da pregação de Jesus a Constantino

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
O imperador Constantino legalizou o Cristianismo no Império romano
Jesus Cristo teria nascido na Palestina, naquele que acabou sendo estabelecido como o ano 1 da Era Cristã, durante o reinado de Otávio Augusto, primeiro imperador romano. Sua morte ocorreu, provavelmente, em 33 d.C., no reinado de Tibério, o segundo imperador. Ao longo dos 3 séculos seguintes, o Cristianismo foi largamente perseguido no Império Romano, até sua legalização, no reinado de Constantino, em 313, e sua posterior oficialização como religião do Império por Teodósio, em 390.


Assim, percebemos que as origens e a evolução do Cristianismo estão organicamente vinculadas à evolução do Império Romano. Da mesma forma, a definitiva expansão da nova crença fez-se paralelamente ao declínio de Roma.


Tensões sociais na Palestina

O Cristianismo surgiu na Palestina, região sob o domínio romano desde 64 a.C. Tem como origem a tradição judaica de crença na vinda de um Messias, o redentor, o salvador, o filho de Deus, cuja vinda seria uma redenção para todos aqueles que acreditassem nele.


As circunstâncias em que Jesus Cristo, já adulto, teria surgido na cidade de Jerusalém eram altamente explosivas. A Palestina jamais se submetera totalmente ao domínio romano, levando o Império a uma postura repressiva em relação à população local, que reagia inclusive por meio de movimentos armados contra a presença romana.


Foi em meio a esse clima politicamente tenso que Jesus procurou exprimir uma mensagem baseada no amor ao próximo, no perdão às ofensas e no desapego aos bens materiais. Tal mensagem em nada ameaçava o domínio romano, mesmo porque, segundo os Evangelhos, Jesus sempre enfatizou que sua pregação nada tinha de política, que o reino a que se referia não era um reino terrestre.


Por outro lado, o caráter explosivo da região, aliado à postura romana de combater sistematicamente o surgimento de lideranças que pudessem ofuscar o predomínio do Império, faziam de Jesus um inimigo potencial para Roma. Outro elemento a ser considerado é a atitude comum do Estado romano, de procurar aliar-se às elites das áreas dominadas, utilizando-as como um elemento de controle sobre os setores populares.


Dessa forma, a condenação a Jesus imposta pelos romanos seria um ato de simpatia para com as autoridades religiosas judaicas, que já o haviam repudiado como blasfemo.


Segundo os Evangelhos, Jesus foi preso pelos romanos, sob a acusação de conspirar contra o Império. Torturado, foi condenado à morte e crucificado no ano de 33, a mando do procurador romano Pôncio Pilatos.


Primeiros cristãos

É a partir da morte de Jesus que se criou toda a tradição que gerou o Cristianismo. Ela foi obra primeiramente dos apóstolos, que se encarregaram de disseminar a nova doutrina, destacando-se Pedro - apontado por Jesus como o responsável pela fundação de sua igreja - e Paulo, que deu ao Cristianismo um sentido universal, tornando-o acessível a todos os povos pagãos (não cristãos) e descaracterizando-o como privilégio de um povo supostamente eleito por Deus.


Duramente perseguidos, os cristãos tiveram de criar uma estrutura bastante sólida de organização como forma de sobreviver. No plano local, os presbíteros cuidavam de atender às necessidades espirituais dos fiéis. Surgiram, posteriormente, os bispos, encarregados de comandar a atividade dos religiosos em cada província sob sua autoridade. Essa estrutura, contando ainda com os metropolitas (bispos de capitais provinciais) e patriarcas (bispos das grandes cidades), era centralizada na figura do bispo de Roma, o papa. Assim, forjava-se uma estrutura centralizadora e altamente organizada, capaz de manter a coesão entre os fiéis e entre o próprio clero.


As perseguições sofridas pelos cristãos, ordenadas por imperadores comoNero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio e Septímio Severo, tiveram um caráter mais político do que propriamente religioso. Primeiro, os cristãos recusavam-se a cultuar a deusa Roma, símbolo da unidade imperial, e a aceitar a divinização dos imperadores. E, segundo, graças a sua mensagem redentora, o Cristianismo obteve enorme sucesso entre os excluídos da sociedade romana - mulheres, pobres e, especialmente, escravos -, atestando o caráter socialmente perigoso da nova crença.


Religião oficial do Império

As perseguições acabaram por fortalecer o Cristianismo. Seus adeptos uniram-se, aceitando o martírio sem hesitação, na certeza da salvação, e seu exemplo fez novos e numerosos adeptos, especialmente em uma época de crise e de falência dos poderes públicos. Mais do que isso, o Cristianismo era a única opção de consolo espiritual para a grande massa de miseráveis que o Império produzia.


Da mesma forma, a mensagem de igualdade e pacifismo - negando o caráter divino do Império -, e a própria escravidão contribuíram para a desagregação das bases sociais e políticas em que se assentava o Império.


O crescimento do número de fiéis, bem como a rigidez da organização cristã, tornou as perseguições cada vez mais difíceis. A partir do século 3, momento em que se iniciou a crise do Império, conforme veremos quando analisarmos oBaixo Império, aumentava significativamente o número de despossuídos, justamente a camada que teria no Cristianismo sua única perspectiva de consolo espiritual.


A última perseguição foi decretada pelo imperador Diocleciano, na segunda metade do século 3. Já era, nesse momento, difícil para o Império manter a postura repressiva sobre uma parcela cada vez mais significativa da população. Tanto que, no início do século 4, em 313, o imperador Constantino publicou o Edito de Milão, concedendo liberdade de culto aos cristãos.


Mais do que isso, à medida que a crise do Império se agravava, suas próprias estruturas administrativas se deterioravam. O imperador Teodósio, por meio do Edito de Tessalônica, em 390, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império. Com esse ato, ele buscava não apenas exercer um controle sobre a crença cristã, mas, dando ao Cristianismo um caráter oficial, também utilizar a estrutura da Igreja como instrumento organizativo do Império.

*Gilberto Salomão, formado em história pela USP, é professor do Curso Intergraus e autor dos livros de história do Sistema de Ensino Poliedro.

VIDA E OBRA DE MARTINHO LUTERO


AS LUTAS E  HISTÓRIAS DE MARTINHO LUTERO


Suas Lutas Pessoais.
Lutero estava galgando os escalões da Igreja Romana e estava muito envolvido em seus aspectos intelectuais e funcionais. Por outro lado, também estava envolvido em questões pessoais quanto à salvação pessoal. Sua vida monástica e intelectual não forneciam resposta aos seus anseios interiores, às suas aflitivas indagações.
Seus estudos paulinos deixaram-no mais agitado e inseguro, particularmente diante da afirmação "o justo viverá pela fé", Romanos 1:17. Percebia ele que a Lei e o cumprimento das normas monásticas, serviam tão-somente para condenar e humilhar o homem, e que nesta direção não se pode esperar qualquer ajuda no tocante à salvação da alma.
Martinho Lutero, estava trabalhando em "repensar o evangelho". Sendo monge agostiniano, fortemente influenciado pela teologia desta ordem monástica, paulina quanto aos seus pontos de vista, Lutero estava chegando a uma nova fé, que enfatizava a graça de Deus e a justificação pela fé.
Esta nova fé tornou-se o ponto fundamental de sua preleções. No seu desenvolvimento começou a criticar o domínio da filosofia tomista sobre a teologia romana. Ele estudava os escritos de Agostinho, Anselmo e Bernardo de Claraval, descobrindo nestes, a fé que começava a proclamar. Staupitz, orientou-o para que estudasse os místicos, em cujos escritos se consolou.
Em 1516, publicou o devocionário de um místico desconhecido, "Theologia Deutsch". Tornou-se pároco da igreja de Wittenberg, e tornou-se um pregador popular, proclamando a sua nova fé. Opunha-se a venda de indulgências comandada por João Tetzel.
As Noventa e Cinco Teses.
Inspirado por vários motivos, particularmente a venda de indulgências, na noite antes do Dia de Todos os Santos, a 31 de outubro de 1517, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg, sua teses acadêmicas, intituladas "Sobre o Poder das Indulgências". Seu argumento era de que as indulgências só faziam sentido como livramento das penas temporais impostas pelos padres aos fiéis. Mas Lutero opunha-se à idéia de que a compra das indulgências ou a obtenção das mesmas, de qualquer outra maneira, fosse capaz de impedir Deus de aplicar as punições temporais. Também dizia que elas nada têm a ver como os castigos do purgatório. Lutero afirmava que as penitências devem ser praticadas diariamente pelos cristãos, durante toda a vida, e não algo a ser posto em prática apenas ocasionalmente, por determinação sacerdotal.
João Eck, denunciou Lutero em Roma, e muito contribuiu para que o mesmo fosse condenado e excluído do Igreja Romana. Silvester Mazzolini, padre confessor do papa, concordou com o parecer condenatório de Eck, dando apoio a este contra o monge agostiniano.
Em 1518. Lutero escreveu "Resolutiones", defendendo seus pontos de vista contra as indulgências, dirigindo a obra diretamente ao papa. Entretanto, o livro não alterou o ponto de vista papal a respeito de Lutero. Muitas pessoas influentes se declararam favoráveis a Martinho Lutero, tornando-se este então polemista popular e bem sucedido. Num debate teológico em Heidelberg, em 26 de abril de 1518, foi bem sucedido ao defender suas idéias.
Reação Papal.
A 7 de agosto de 1518, Lutero foi convocado a Roma, onde seria julgado como herege. Mas apelou para o príncipe Frederico, o Sábio, e seu julgamento foi realizado em território alemão em 12/14 de outubro de 1518, perante o Cardeal Cajetano, em Augsburg. Recusou-se a retratar-se de suas idéias, tendo rejeitado a autoridade papal, abandonando a Igreja Romana, o que ficou confirmado num debate em Leipzig com João Eck, entre 4 e 8 de julho de 1519.
A partir de então Lutero declara que a Igreja Romana necessita de Reforma, publica vários escritos, dentre os quais se destaca "Carta Aberta à Nobreza Cristã da Nação Alemã Sobre a Reforma do Estado Cristão". Procurou o apoio de autoridades civis e começou a ensinar o sacerdócio universal dos crentes, Cristo como único Mediador entre Deus e os homens, e a autoridade exclusiva das Escrituras, em oposição à autoridade de papas e concílios. Em sua obra "Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja", ele atacou o sacramentalismo da Igreja. Dizia que pelas Escrituras só podem ser distinguidos dois sacramentos o batismo e a Ceia do Senhor. Opunha-se à alegada repetida morte sacrificial de Cristo, por ocasião da missa. Em outro livro, "Sobre a Liberdade Cristã", ele apresentou um estudo sobre a ética cristã baseada no amor.
Lutero obteve grande popularidade entre o povo, e também considerável influência no clero.
Em 15 de julho de 1520, a Igreja Romana expediu a bula Exsurge Domine, que ameaçava Lutero de ser excomungado, a menos que se retratasse publicamente. Lutero queimou a bula em praça pública. Carlos V, Imperador do Santo Império Romano, mandou queimar os livros de Lutero em praça pública.
Lutero compareceu a Dieta de Worms, de 17 a 19 de abril de 1521. Recusou-se a retratação, dizendo que a sua consciência estava presa à Palavra de Deus, pelo que a retratação não seria seguro nem correto. Dizem os historiadores que concluiu a sua defesa com estas palavras : "Aqui estou; não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém". Respondendo a Dieta em 25 de maio de 1521, formalizou a excomunhão de Martinho Lutero, e a Reforma nascente também foi condenada.
Influência Política e Social
Por medidas de precaução, Lutero este recluso no castelo de Frederico, o Sábio, cerca de 10 meses. Teve tempo de trabalhar na tradução do Novo Testamento para a língua alemã. Esta tradução foi publicada em 1532. Com a ajuda de Melancton e outros, a Bíblia inteira foi traduzida, e, então, foi publicada em 1532. Finalmente, essa tradução unificou os vários dialetos alemães, do que resultou o moderno alemão.
Tem-se dito que Lutero foi o verdadeiro líder da Alemanha, de 1521 até 1525. Houve a Guerra dos Aldeões em 1525, das classes pobres contra os seus líderes. Lutero tentou estancar o derramamento de sangue, mas, quando os aldeões se recusaram a ouvi-lo, ele apelou para os príncipes a fim de restabelecerem a paz e a ordem.
Fato notável foi o casamento de Lutero, com Catarina von Bora, filha de família nobre, ex-freira cisterciana. Tiveram seis filhos, dos quais alguns faleceram na infância. Adotou outros filhos. Este fato serviu para incentivar o casamento de padres e freiras que tinham preferido adotar a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana.
Houve controvérsia entre Lutero e Erasmo de Roterdã, que nunca deixou a Igreja Romana, por causa do livre-arbítrio defendido por este. Apesar de admitir que o livre-arbítrio é uma realidade quanto a coisas triviais, Lutero negava que fosse eficaz no tocante à salvação da alma.
Outras Obras.
Em 1528 e 1529, Lutero publicou o pequeno e o grande catecismos, que se tornaram manuais doutrinários dos protestantes, nome dado aqueles que decidiram abandonar a Igreja Romana, na Dieta de Speyer, em 1529.
Juntamente com Melancton e outros, produziu a confissão de Augsburg, que sumaria a fé luterana em vinte e oito artigos. Em 1537, a pedido de João Frederico, da Saxônia, compôs os Artigos de Schmalkald, que resumem seus ensinamentos.
Enfermidade e Morte.
Os últimos dias de Lutero tornaram-se difíceis devido a problemas de saúde. Com freqüência tinha acesso de melancolia profunda. Apesar disso era capaz de trabalhar tenazmente. Em 18 de fevereiro de 1546, em Eisleben, teve um ataque do coração, vindo a falecer.
A Teologia de Lutero.
Como monge agostiniano, Lutero dava preferência a certos estudos, dentre os quais se destacam a soberania de Deus, dando uma abordagem mais bíblica às questões religiosas e às doutrinas cristãs. Alguns pontos defendidos por Lutero são :
  1. Nem o papa nem o padre, tem o poder de remover os castigos temporais de um pecador.
  2. A culpa pelo pecado não pode ser anulada por meio de indulgências.
  3. Somente um autêntico arrependimento pode resolver a questão da culpa e do castigo, o que depende única e exclusivamente de Cristo.
  4. Só há um Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo.
  5. Não há autoridade especial no papa.
  6. As decisões dos concílios não são infalíveis.
  7. A Bíblia é a única autoridade de fé e prática para o cristão.
  8. A justificação é somente pela fé.
  9. A soberania de Deus é superior ao livre-arbítrio humano.
  10. Defendia a doutrina da consubstanciação em detrimento da transubstanciação.
  11. Há apenas dois sacramentos : o batismo e a ceia do Senhor.
  12. Opunha-se a veneração dos santos, ao uso de imagens nas Igrejas, às doutrinas da missa e das penitências e ao uso de relíquias.
  13. Contrário ao celibato clerical.
  14. Defendia a separação entre igreja e estado.
  15. Ensinava a total depravação da natureza humana.
  16. Defendia o batismo infantil e a comunhão fechada.
  17. Defendia a educação dos fiéis em escolas paroquianas.
  18. Repudiava a hierarquia eclesiástica.

Vida e obra de Martinho Lutero
Cópia de um estudo tirado da
MÚSICA SACRA E ADORAÇÃO

18/10/11

CONHEÇA A VERDADE

Na Reforma nós encontramos 3 eventos principais:                                                                                                                 
2. O papa Inocêncio VIII, no século XIII. Era pai de 16 filhos ilegítimos e ordenou a execução dos Valdenses que criam verdadeiramente na Bíblia.
3. O escândalo do Cisma Papal. Século XIV e XV. Três papas reivindicavam a autenticidade do seu papado. Onde fica a infalibilidade papal?
4. O escândalo da imoralidade. O celibato não funcionava de fato. Em I Tm.3:4 lemos que essa doutrina do celibato é do diabo. Todos sabiam que os sacerdotes eram imorais; era um escândalo dos maiores.
5. O escândalo da idolatria. Eles conferiam às relíquias um poder supersticiosamente grande e da mesma forma aos ídolos. Isso pode ser observado em catedrais e igrejas romanas ainda hoje. Pessoas indo de santo em santo, de ídolo em ídolo para rezar e dando homenagem especial à Maria.
6. O escândalo das guerras das Cruzadas. A maior relíquia era a cidade de Jerusalém que estava em poder dos muçulmanos e então foram organizadas guerras, que tiveram o nome de cruzadas onde milhares de pessoas foram exterminadas. Perguntamos: desde quando Jesus nos mandou sair matando pessoas? Isso era uma coisa sem precedentes. A população muçulmana ainda não se recuperou deste trauma. É uma mancha tremenda na história da Igreja.
7. O escândalo da Inquisição. Thomas Tacomado foi o chefe da Inquisição na Espanha e fez com que 10 mil pessoas fossem queimadas, presas a um poste. Procurava aliciar judeus sem nenhum escrúpulo, para se tornarem cristãos. Desde quando Jesus mandou que nós deveríamos forçar pessoas a se tornarem cristãs na base da espada? Será que Jesus sugeriu que nós deveríamos ameaçar as pessoas de serem queimadas vivas se não se tornassem cristãs? Isso foi algo terrível!
8. As Indulgências. A salvação comprada por dinheiro nos leva a Lutero e à Reforma. Ele sentiu-se ofendido com Tetzel e a venda de indulgências. Tetzel era o mais talentoso vendedor de indulgência. O dinheiro arrecadado era dividido com os banqueiros da época e com o papa, mas uma parte fica para o próprio Tetzel. Desta forma Lutero conseguiu ver que as almas estavam sendo enganadas quanto à salvação. Desde quando podemos comprar salvação com dinheiro? Isto foi o que proporcionou o pontapé inicial da Reforma.
Na Reforma nós encontramos 3 eventos principais:
1. As 95 teses de 1517. Foi o protesto contra as indulgências.
2. A queima das leis (bulas) católico-romanas. Isso aconteceu quando Lutero foi excomungado pelo papa em 1520.
3. A posição firme de Lutero diante do Rei Carlos V em 1521.
Se entendermos estes três eventos, vamos compreender a Reforma.
Primeiro Evento – Na venda das indulgências havia variedades de preços. Para se certificar de que tiraria dinheiro do bolso do povo, Tetzel criou um meio de atingir os ricos e os pobres. Quem era rico, dava mais, quem era pobre dava menos, porém todos davam. Lutero ficou enfurecido com isso e desenvolveu, à partir das Escrituras, 95 teses mostrando razões pelas quais essa prática era inaceitável. Mas as 95 teses também eram a respeito da salvação. Era como se fosse uma exposição bíblica do assunto. Ele pretendia que as 95 teses fossem uma plataforma para debate do assunto. Por isso pregou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Estavam escritas em latim e constituíam um convite para um debate sobre o assunto. A imprensa escrita já havia sido inventada por Gutemberg e a esta altura já havia jornalistas nessa época. Cada um deles pegou uma cópia e a traduziu para o alemão moderno da época, vendendo-as a muitas pessoas. Em duas semanas estes escritos estavam espalhados por toda a Europa. Os alemães, especialmente, foram muito tocados por essas 95 teses e a venda de indulgências caiu tremendamente. Ora, se você acerta o bolso de um homem, realmente isso lhe dói bastante e profundamente.
Os líderes católicos estavam muito preocupados e algo extraordinário havia acontecido. Lutero havia chamado a atenção das pessoas para as Escrituras, havia alertado as pessoas para a autoridade da Bíblia. As indulgências eram contra a Bíblia. Lutero havia puxado a corda do sino que acordara o mundo! Depois de mil anos a Igreja estava agora acordada para a realidade. De repente Lutero se tornou conhecido por toda a Europa e teria de responder por suas ações. Felizmente ele tinha um amigo, o príncipe Frederico, o qual tinha muita influência política. Dessa forma, na hora que se fazia necessário, ele vinha em defesa de Lutero. Porém, ainda assim, Lutero teve de prestar contas ao Cardeal. Ele achava que iria ser martirizado e que fariam com ele o mesmo que fizeram com John Huss, quando o queimaram vivo.
Como resultado dos debates, outros escritos surgiram. Quanto mais eles desafiavam o reformador, mais ele escrevia. Frederico, o príncipe, havia tido um sonho e nele viu um sacerdote que era Lutero. A caneta de Lutero ficava cada mais longa, de tal maneira que atingia Roma e tirava o chapéu do papa.
Isso foi exatamente o que aconteceu. Os livros de Lutero começaram a se espalhar e espalhar o Evangelho. Ele começou a expor os abusos da igreja católica. Expôs a doutrina da justificação pela fé somente, e enfatizou o sacerdócio de todos os crentes. Essas publicações venderam muitos números e todo mundo queria adquirir um exemplar. Um livro leva a outro e todos eram expositivos no seu estilo.
Segundo Evento – O papa teve de tomar uma medida drástica e apelou para a excomunhão de Lutero. Isso nos leva ao segundo evento da Reforma. O fato de ser excomungado da igreja era uma coisa muito séria. Havia toda uma papelada necessária e que era muito grande, todas com o selo papal e uma oração que dizia: “Levanta-te Senhor contra este porco que invadiu Tua vinha”. Essa linguagem irritou a Lutero que ficou ainda mais irado. A excomunhão fazia também com que ninguém tivesse o direito de ler os livros de Lutero e todos que os lessem corriam o risco de vida. A excomunhão de Lutero foi projetada de forma que as pessoas não mais lessem seus livros. Mas havia um pequeno espaço de tempo de “misericórdia”, pois teria 60 dias para se arrepender de tudo. Ele criam que nesse prazo Lutero voltaria arrependido. Foi um grande erro deles, porque a cada dia que se passava Lutero ficava mais irritado.
No 60º dia Lutero organizou um evento grandioso. Juntou todos os professores da Universidade, os alunos e todos os amigo e anunciou que haveria uma cerimônia de “queima” de alguma coisa. Na cidade de Wittenberg havia um portão através do qual saía todo o lixo da cidade. Lutero pediu que fosse construída uma grande fogueira do lado de fora da cidade. Os professores e alunos e todos que estavam ali fizeram como que uma procissão cerimonial e juntaram todas a leis da igreja católica, leis papais, bulas papais que havia se acumulado durante séculos. Leis que amarravam e amarram as consciências dos homens. Todo aquele ensino católico romano que era destinado a fazer com que os homens ficassem escravizados àquelas leis. Todos estes livros foram levados por aqueles que estavam à frente da procissão, atravessaram o portão da cidade e chegaram à fogueira. Lutero ordenou que todos estes livros fossem jogados à fogueira, um após o outros e que dessa forma representavam as leis e tradições que haviam se acumulado através dos séculos, mantendo as pessoas escravas. Quando estes livros estavam na fogueira, Lutero tirou do seu hábito o decreto papal, o documento da excomunhão, jogou-o na fogueira e disse: “Já que vocês destruíram a verdade de Deus, que o Senhor consuma vocês nestas chamas”. Foi um ato de muita coragem, preparado para que as pessoas tivessem ousadia e coragem. Dessa forma Lutero se tornou corajoso e povo também. Assim, quando o papa mandou emissários para impor nova excomunhão a Lutero, esse povo os expulsou. Foi um quadro muito interessante ver os emissários do papa fugindo. Foram recebidos com paus e pedras o que serviu de “prato cheio” para os chargistas da época. No entanto temos de ver um princípio importante aqui. Lutero estava usando a autoridade das Escrituras para destruir a tradição.
Nós precisamos nos lembrar o que Jesus disse aos fariseus: vocês destruíram a Palavra de Deus com as suas tradições. Isso foi exatamente o que Lutero disse. A Palavra de Deus é a verdade e precisamos destruir a tradição humana libertando as pessoas. Então um movimento grandioso se espalhou. A igreja fez de tudo para tentar amarrar Lutero, mas a cada tentativa de fazê-lo retroceder, havia fracasso. Só havia um método que faltava e a igreja católica apelou para ele, o poder político de Carlos V que era o imperador e na realidade representava o poder civil e a igreja. Então ele recebeu ordens para comparecer diante de Carlos V e isso foi organizado na cidade de Worms, onde seria Lutero julgado diante do Imperador. Eles tinham certeza de que Lutero iria fraquejar diante do imperador, pois pensavam que seu sistema nervoso não suportaria a pressão.
Terceiro Evento – Aqui chegamos ao terceiro evento da Reforma: Lutero diante do imperador. Ele pensou que jamais sobreviveria a tudo aquilo. Viajou com alguns amigos para a cidade de Worms e quando chegou à cidade, mais de 2.000 simpatizantes vieram encorajá-lo. Ele chegou e ficou diante do Imperador. Todos ficaram surpresos, pois Lutero disse que precisava de mais tempo para pensar e considerar as questões colocadas diante dele. Alguns pensaram que ele estava começando a fraquejar. Lutero deveria comparecer no outro ia diante do imperador. Havia tanta gente interessada neste evento que eles tiveram de ocupar o auditório mais amplo que havia na cidade. No dia seguinte, Lutero apareceu. Sobre a mesa estavam todos os seus livros e exigiam dele que tirasse todos aqueles livros dali e os renegasse a todos. O homem que o interrogava chamava-se John Eck e era um homem muito eloqüente. Ele perguntou a Lutero como ousava desafiar toda a igreja e como podia concluir o único certo e todos os demais errados; como todos os papas podiam estar errados, todos os cardeais, toda a história da igreja? Será que Lutero podia desafiar a todos eles? Não seria a hora de Lutero negar todos aqueles escritos e confessar que estava errado? DE LUTERO
Mas Lutero tinha uma capacidade muito grande de argumentar e colocar a sua defesa. Ele disse que não conseguia encontrar nada em seus livros que fossem de encontro à Bíblia. Lutero disse que achava Ter dito algumas palavras duras a respeito de algumas pessoas, alguns líderes, mas que havia boas razões para ter feito aquilo e mesmo isso não ia de encontro à Bíblia. “Por que tenho de negar estes livros e retirá-los?” , perguntou Lutero. Então John Eck disse-lhe: “Se seus primeiros livros foram ruins, os últimos são piores ainda. Você precisa renunciar agora a sua heresia. Você é a mesma coisa que Wycliffe e Huss; agora, será que você, sem muitas desculpas, nega os seus livros e os retira? É o momento de sua última chance de renunciar aos seus erros. Negue estes livros!”. Lutero se dirige ao Imperador e a todos aqueles líderes que estavam ali e responde: “Não vou usar de mais argumentos e a menos que seja convencido pela Bíblia, não aceito a autoridade papal, nem os concílios de tradição católicos. Todos eles se contradizem. Minha consciência está cativa à Palavra de Deus. Tudo que posso fazer é não negar os meus livros, pois não posso ir de encontro a minha consciência. Ajuda-me Senhor Deus! Amém.”
Houve um tremendo silêncio naquele lugar. Lutero havia ido de encontro a mil anos de tradição da igreja, contra os papas e desafiava até o Imperador. Eles o deixaram livre. Os italianos que ali estavam começaram a ranger os dentes pois o odiavam, mas à medida que saía daquele lugar, os alemães batiam palmas para ele. Antes que Lutero saísse, aqueles líderes exigiram que ele fizesse sua defesa em latim e ele o fez repetindo cada palavra em latim. Dessa forma havia uma dupla ênfase sobre a verdade defendida. Certo autor tem dito que essa, talvez, tenha sido a hora mais brilhante na história da raça humana. Talvez seja um exagero, mas fica próximo da verdade. Foi realmente um evento memorável.
Quando Lutero ia chegando àquela cidade de Worms, ele disse: “Mesmo que todas as telhas dos telhados da cidade fossem demônios, ainda assim, eu iria àquela cidade”.

NÃO DEIXE DE LER

        Primeiro vemos que a igreja católica continua em nosso meio e tem na América Latina seu grande campo de evangelização. Mas nós temos a Palavra de Deus como nossa arma poderosa, nossa espada de dois gumes que é apta para fazer em pedaços todas as tradições humanas. Nós precisamos fazer como os reformadores, que tinham ousadia e coragem. É possível que o Brasil possa ser libertado de toda espécie de tradições católicas. Vamos ver algumas tradições católicas que foram adicionadas e se acumularam ao longo dos séculos, mas continuam presentes ainda hoje, isso porque a igreja católica não nega nenhuma delas.
Ano 300 – Orações pelos mortos; ano 375 – Veneração de imagens; ano 593 – Doutrina do Purgatório; ano 600 – Reza à Maria, aos santos que já morreram e aos anjos; ano 1050 – Sacrifício da missa; ano 1079 – Doutrina maligna do celibato obrigatório; ano 1190 – Venda de indulgências; ano 1215 – Doutrina da transsubstanciação; ano 1414 – O cálice da eucaristia foi tirado do povo e este não mais o tomava; ano 1546 – Adição de livros apócrifos (depois de 2000 anos, como podiam fazer qualquer adição às Escrituras?); ano 1870 – Infalibilidade papal; ano 1950 – Ascensão corporal de Maria.
A igreja católica jamais negou estas tradições. Mesmo assim mudou alguma coisa. Em 1964 houve uma mudança dramática, pois agora ela é pluralista. As pessoas podem ser salvas através de várias religiões diferentes. Isso trouxe um pânico dentro da igreja católica, pois até então ela achava que você só poderia ser salvo se fizesse parte dela, os demais estariam perdidos. Mas, o que a Bíblia ensina sobre isso? Somente aquilo que estão em Cristo podem ser salvos, não há salvação em nenhum outro nome, senão o de Cristo Jesus. Nunca a Bíblia limita a Sua Igreja à uma denominação, nem tão pouco indica outro caminho para o homem ser salvo senão Cristo. Esta mudança na igreja católica vem provar que ela não é infalível e transforma esta idéia de infalibilidade em uma completa loucura.
Segundo, temos que considerar a Bíblia e o desafio das novas revelações. Depois de ser julgado pelo imperador, Lutero voltou para casa. Porém, para protegê-lo de ser morto na sua viagem de volta, houve um “seqüestro amigável” quando o levaram para um lugar secreto onde foi guardado em segurança – o Castelo de Wartburg. Assim não o matariam. Neste lugar Lutero faz a tradução da Bíblia para o alemão.

17/10/11

DEUS FALA, DEUS VÊ, DEUS SENTE, DEUS PODE TUDO. ELE ESTÁ VIVO





A Conversão de Constantino
                        
                        
Nas proximidades do Natal do ano de 312, o imperador romano Constantino o Grande, enfrentou Maxêncio, um seu rival ao trono de Roma. Nas vésperas das duas batalhas que travou então ele jurou ter escutado vozes divinas bem como assegurou ter visto claramente signos no céu que lhe davam o ganho da causa. Esses acontecimentos, lendários ou não, tiveram notável efeito na história da fé do mundo ocidental visto que a vitória de Constantino na ponte Milvio, que cruzava o rio Tibre, acelerou a conversão dos romanos à religião de Jesus Cristo.
Os sinais do céu



Constantino o grande (imperador entre 306-337)

"Uma surpreendente conjuntura fez com que a ação de Constantino pela Palestina tivesse uma repercussão histórico-universal que se estendeu por muitos séculos."J.Burckhardt – Die Zeit Constantinus des Grossen , 1853

Segundo Eusébio de Cesaréia, o primeiro historiador da igreja cristã, falecido em 341, foi o próprio imperador Constantino o Grande, quem lhe confessou ter tido as duas visões que o convenceram de que Cristo o escolhera para missões extraordinárias. A primeira delas deu-se nas vésperas da batalha Saxa Rubia, quando ele teria visto no céu, em meio as nuvens, a poderosa imagem da cruz e uma voz que lhe dissera Meus Pace est cum Vos . . .In Hoc Signo Vinces, “Minha paz está contigo... com este signo vencerás”. E de fato, assim se deu. Apesar de inferiorizado, Constantino bateu fácil o então seu rival chamado Maxêncio. Não havia, entretanto, vencido a guerra. Dias depois, em 28 de outubro de 312, um pouco antes de ter que atravessar a Ponte Milvio sobre o rio Tibre, travando uma outra batalha para poder chegar ao centro de Roma, novamente ouviu uma voz. Desta vez ela ordenara-lhe que removesse a águia imperial dos escudos romanos, colocando um outro símbolo no seu lugar. De imediato Constantino providenciou a alteração , afixando neles as letras “chi” (“c” em grego, que tinha forma de um xis) e “rho” (“p” em grego), que vinham a ser as iniciais gregas de Cristo, logo encimadas pela coroa de espinhos. Os inimigos foram esmagados nas estreituras da ponte, e o próprio Maxêncio pereceu afogado no Tibre.

Eu Irismar falando. Já ouvi a voz do Senhor Jesus
já vi anjos me alimentando e me dando remédio
tive câncer no reto e quem fez a cirurgia foi Jesus
Ele é o meu clínico geral

14/10/11

ASSIM COMO JESUS FOI PERSEGUIDO, SUA IGREJA TAMBÉM SERÁ

                            OS PRIMEIROS CRISTÃOS  


            
É a partir da morte de Jesus que se criou toda a tradição que gerou o Cristianismo. Ela foi obra primeiramente dos apóstolos, que se encarregaram de disseminar a nova doutrina, destacando-se Pedro - apontado por Jesus como o responsável pela fundação de sua igreja - e Paulo, que deu ao Cristianismo um sentido universal, tornando-o acessível a todos os povos pagãos (não cristãos) e descaracterizando-o como privilégio de um povo supostamente eleito por Deus.
   Duramente perseguidos, os cristãos tiveram de criar uma estrutura bastante sólida de organização como forma de sobreviver. No plano local, os presbíteros cuidavam de atender às necessidades espirituais dos fiéis. Surgiram, posteriormente, os bispos, encarregados de comandar a atividade dos religiosos em cada província sob sua autoridade. Essa estrutura, contando ainda com os metropolitas (bispos de capitais provinciais) e patriarcas (bispos das grandes cidades), era centralizada na figura do bispo de Roma, o papa. Assim, forjava-se uma estrutura centralizadora e altamente organizada, capaz de manter a coesão entre os fiéis e entre o próprio clero.
   As perseguições sofridas pelos cristãos, ordenadas por imperadores como Nero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio e Septímio Severo, tiveram um caráter mais político do que propriamente religioso. Primeiro, os cristãos recusavam-se a cultuar a deusa Roma, símbolo da unidade imperial, e a aceitar a divinização dos imperadores. E, segundo, graças a sua mensagem redentora, o Cristianismo obteve enorme sucesso entre os excluídos da sociedade romana - mulheres, pobres e, especialmente, escravos -, atestando o caráter socialmente perigoso da nova crença.

             Religião oficial do Império

As perseguições acabaram por fortalecer o Cristianismo. Seus adeptos uniram-se, aceitando o martírio sem hesitação, na certeza da salvação, e seu exemplo fez novos e numerosos adeptos, especialmente em uma época de crise e de falência dos poderes públicos. Mais do que isso, o Cristianismo era a única opção de consolo espiritual para a grande massa de miseráveis que o Império produzia.
   Da mesma forma, a mensagem de igualdade e pacifismo - negando o caráter divino do Império -, e a própria escravidão contribuíram para a desagregação das bases sociais e políticas em que se assentava o Império.
     O crescimento do número de fiéis, bem como a rigidez da organização cristã, tornou as perseguições cada vez mais difíceis. A partir do século 3, momento em que se iniciou a crise do Império, conforme veremos quando analisarmos oBaixo Império, aumentava significativamente o número de despossuídos, justamente a camada que teria no Cristianismo sua única perspectiva de consolo espiritual.
   A última perseguição foi decretada pelo imperador Diocleciano, na segunda metade do século 3. Já era, nesse momento, difícil para o Império manter a postura repressiva sobre uma parcela cada vez mais significativa da população. Tanto que, no início do século 4, em 313, o imperador Constantino publicou o Edito de Milão, concedendo liberdade de culto aos cristãos.
   Mais do que isso, à medida que a crise do Império se agravava, suas próprias estruturas administrativas se deterioravam. O imperador Teodósio, por meio do Edito de Tessalônica, em 390, tornou o Cristianismo a religião oficial do Império. Com esse ato, ele buscava não apenas exercer um controle sobre a crença cristã, mas, dando ao Cristianismo um caráter oficial, também utilizar a estrutura da Igreja como instrumento organizativo do Império.


*Gilberto Salomão, formado em história pela USP, é professor do Curso Intergraus e autor dos livros de história do Sistema de Ensino Poliedro.

13/10/11

AS IDEIAS DE LUTERO CONTRA A IGREJA ROMANA


As Noventa e Cinco Teses.
Inspirado por vários motivos, particularmente a venda de indulgências, na noite antes do Dia de Todos os Santos, a 31 de outubro de 1517, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg, sua teses acadêmicas, intituladas "Sobre o Poder das Indulgências". Seu argumento era de que as indulgências só faziam sentido como livramento das penas temporais impostas pelos padres aos fiéis. Mas Lutero opunha-se à idéia de que a compra das indulgências ou a obtenção das mesmas, de qualquer outra maneira, fosse capaz de impedir Deus de aplicar as punições temporais. Também dizia que elas nada têm a ver como os castigos do purgatório. Lutero afirmava que as penitências devem ser praticadas diariamente pelos cristãos, durante toda a vida, e não algo a ser posto em prática apenas ocasionalmente, por determinação sacerdotal.
João Eck, denunciou Lutero em Roma, e muito contribuiu para que o mesmo fosse condenado e excluído do Igreja Romana. Silvester Mazzolini, padre confessor do papa, concordou com o parecer condenatório de Eck, dando apoio a este contra o monge agostiniano.
Em 1518. Lutero escreveu "Resolutiones", defendendo seus pontos de vista contra as indulgências, dirigindo a obra diretamente ao papa. Entretanto, o livro não alterou o ponto de vista papal a respeito de Lutero. Muitas pessoas influentes se declararam favoráveis a Martinho Lutero, tornando-se este então polemista popular e bem sucedido. Num debate teológico em Heidelberg, em 26 de abril de 1518, foi bem sucedido ao defender suas idéias.
Reação Papal.
A 7 de agosto de 1518, Lutero foi convocado a Roma, onde seria julgado como herege. Mas apelou para o príncipe Frederico, o Sábio, e seu julgamento foi realizado em território alemão em 12/14 de outubro de 1518, perante o Cardeal Cajetano, em Augsburg. Recusou-se a retratar-se de suas idéias, tendo rejeitado a autoridade papal, abandonando a Igreja Romana, o que ficou confirmado num debate em Leipzig com João Eck, entre 4 e 8 de julho de 1519.
A partir de então Lutero declara que a Igreja Romana necessita de Reforma, publica vários escritos, dentre os quais se destaca "Carta Aberta à Nobreza Cristã da Nação Alemã Sobre a Reforma do Estado Cristão". Procurou o apoio de autoridades civis e começou a ensinar o sacerdócio universal dos crentes, Cristo como único Mediador entre Deus e os homens, e a autoridade exclusiva das Escrituras, em oposição à autoridade de papas e concílios. Em sua obra "Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja", ele atacou o sacramentalismo da Igreja. Dizia que pelas Escrituras só podem ser distinguidos dois sacramentos o batismo e a Ceia do Senhor. Opunha-se à alegada repetida morte sacrificial de Cristo, por ocasião da missa. Em outro livro, "Sobre a Liberdade Cristã", ele apresentou um estudo sobre a ética cristã baseada no amor.